quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ciúme e Insegurança


Boa Noite Pessoas! 
Escrevi este artigo para a revista impacto regional neste mês de junho. É um apanhado geral sobre o tema. Estou certa que poderiamos falar muito mais sobre o assunto.
Fica  á  apreciaçao de voces.

Abraço  Fraterno a todos.

Ciúme e Insegurança: Um olhar sobre o ponto de vista da Terapia de Vida Passada ou Terapia de Regressão.
Introdução
Falar sobre ciúme e insegurança é quase impossível sem nos reportarmos as relações interpessoais e seus significados subjetivos, que as motivam e as norteiam. Entenda-se por significados subjetivos, aquelas motivações não percebidas claramente pelo indivíduo, por serem na maioria das vezes, de teor inconsciente.
É imperativo e ate certo ponto bastante comum, a idéia de que o “outro” com o qual nos relacionamos afetivamente, tem um papel complementar ou ocupa “esse lugar” de complementaridade em nossa vida. Erroneamente, acredita-se que a partir desta premissa nos tornamos mais completos e por conseqüência, mais felizes.
Na pratica, contudo, mesmo aquelas relações ditas ou originalmente percebidas como “ideais”, não atendem incondicionalmente tal premissa, resultando na chamada frustração.
Falando de outra forma, invariavelmente buscamos na relação com o outro completarmos a nós mesmos. Acreditamos que nossas faltas ou “buracos” emocionais supostamente serão aplacados pela entrada e permanência do outro em nossa vida. Carregados de tamanha expectativa de que o outro vai satisfazer suas necessidades, vai se delineando uma relação fadada à frustração.
Certamente a frustração ocorrera, na medida em que “o outro” com o qual nos relacionamos, é constituído por demandas particulares, próprias da formação de seu caráter, de sua historia de vida e de seus valores, assim também como nós, o que os impelem em primeira instância, a satisfazerem suas próprias necessidades e assim, supostamente diminuir o vazio ou “buraco” emocional que percebe em si mesmo. Raramente, porém, a satisfação de uma necessidade pessoal atende a necessidade/expectativa do “outro” com o qual nos relacionamos. Desta forma, se estabelece o conflito, a insatisfação e a aparição de sentimentos contraditórios e pouco construtivos como: ódio, insegurança, medo, ciúme e comportamentos danosos como: obsessão, possessão, dependência, violências, etc.
Tais sentimentos passam a ocupar o lugar do amor.
Diferenciando o Ciúme Normal do Patológico.
Em maior ou menor proporção o chamado ciúme normal, aquele que é transitório e baseia-se em fatos reais, como no chamado ciúme patológico, infundado e emancipado do contexto (sem motivos aparentes), o sofrimento psíquico é muito intenso. É importante ressaltar aqui que sofre intensamente não só quem é sujeito/alvo do ciúme, mas também aquele que sente e vivência a tormenta emocional que este estado impõe. Ninguém sente ciúme por escolha. Tal sentimento independe da vontade e, portanto, segue distante do controle pessoal. Tanto um como o outro apresentam determinações subjetivas e inconscientes acompanhando comportamentos inadequados permeados por sentimentos de insegurança, de baixa auto-estima e de uma gama variada de insatisfações pessoais.
Aqui no lugar do amor, se estabelece a doença das relações.
O ponto de vista da Terapia de Vida Passada (TVP) ou Terapia de Regressão.
A Terapia de Vida Passada é um método psicológico que segue os rigores científicos de estudo e de aplicação e se utiliza da técnica de Regressão de memória para acessar conteúdos inconscientes na mente do individuo. A técnica é conduzida pelo terapeuta (devidamente preparado para tal manejo) a partir da queixa do cliente. Este, por sua vez, realiza o processo de forma absolutamente consciente, estando totalmente ativo e desperto diante do que se passa com ele durante as sessões de regressão de memória.
De um modo geral, as pessoas chegam ao consultório, já cansadas de tanto sofrimento (com queixas das mais diversas) e depois de terem traçado um longo percurso entre os inúmeros consultórios, especialistas e tratamentos sem um resultado que ao menos minimize sua dor.
Para a TVP, as relações interpessoais e suas vicissitudes têm a função de aprimorar o caráter do individuo no processo evolutivo em que esta inserido. Desta forma, busca na regressão de memórias o fato traumático do passado que gera tal sofrimento no presente; neste caso, o ciúme.
De um modo geral, vivencias passadas carregadas situações de abandono, traição, mentiras, marcam o individuo tão fortemente, causando o que chamamos de feridas psíquicas, que podem voltar a doer quando alguma situação ou emoção atual remonta inconscientemente uma dor já vivida.
O medo é um sentimento muito freqüente nas relações que sofrem pelo ciúme: Medo de perder o outro ( para quem sente o ciúme), medo de perder  a liberdade ( para quem é  alvo de tal sentimento).
Vejamos um caso simplificado que pode ilustrar o que dissemos ate aqui:
Um paciente do sexo masculino, 30anos, empresário, chega ao consultório com uma queixa relacionada ao medo de perder a namorada, de ser traído e/ou abandonado por ela, mesmo reconhecendo a inexistência de qualquer indicação concreta a este fato. Por esse motivo acredita que esta enlouquecendo e prestes a perder de fato, a mulher que ama.
Em situação de regressão de memória lembra-se de uma vivencia passada onde é abandonado pela mulher e filhos depois de perder em um incêndio, o comercio do qual era dono e que sustentava a família. Neste momento experimenta sentimentos diversos e sente-se enganado, triste e infeliz. Com medo de amar e de ser enganado passa a acreditar que todas as mulheres fariam o mesmo, decidindo assim nunca mais confiar em mulher nenhuma.
Neste caso o Medo no passado é fisgado por emoções no presente (a emoção de amar), que o remete novamente para o mesmo medo e consequentemente, o leva a reproduzir de forma inconsciente os mesmos problemas e comportamentos.
Na TVP a regressão de memória possibilita ao paciente remontar a situação traumática que normalmente foi equacionada de forma inadequada e a partir disso reescrever sua própria historia compreendendo as falhas humanas, fundamentalmente as suas próprias. Assim, a força e profundidade de suas memórias  facilita seu processo e o ajuda a separar a vivencia daquele personagem, naquele contexto da sua vida,  do contexto atual, deixando de sentir o medo, o ciúme e todo o sofrimento que o atormentava ate então.
Para a Terapia de Vida Passada as regressões permitem que a pessoa transforme o sofrimento em oportunidades de melhora pessoal. De modo geral as pessoas percebem a necessidade de aprimorar sentimentos e remover do caráter aqueles traços que invariavelmente vão gerar sofrimento, como a vaidade, o egoísmo e o orgulho. Da mesma forma, compreende que o exercício do amor fraterno, da solidariedade, da humildade é o caminho para uma vida mais harmoniosa consigo e com o outro, seja este outro seu parceiro (a), pai, amigo (a), ou um (a) ilustre desconhecido (a). Acaba por descobrir que o seu papel como ser humano neste mundo é se permitir ser mais amável, mais solidário e mais fraterno.
Enfim, o lugar do amor é restaurado.






terça-feira, 17 de maio de 2011

Profissionais e Pacientes conversam sobre a Terapia de Vida Passada.

Atualizando o blog, dois videos recentes de uma  entrevista realizada em Minas Gerais com  a participaçao de profissionais e  pacientes falando sobre TVP.

Quero ressaltar que a Terapeuta Ivanildes Rocha  ( que aparece no video) foi minha Orientadora na construção da Monografia realizada na Conclusão do Curso de  Formação de Terapeuta pela  Sociedade Brasileira de Terapia de Vida Passada.
Ivanildes é uma profissional de  extrema competência e uma pessoa incrível.Serena, firme, doce e acolhedora.
A voce querida Ivanildes meu abraço saudoso,  carregado de reconhecimento e  afeto.

O video é de Abril/2011.
Vale a pena ver!
Abraço fraterno a todos!
http://www.redeminas.tv/centro-de-midia/brasil-das-gerais/terapia-de-vidas-passadas-1
http://www.redeminas.tv/centro-de-midia/brasil-das-gerais/terapia-de-vidas-passadas-2

quarta-feira, 23 de março de 2011

Sem Limite - 13/11/2010 - Parte 03



Pessoas....essa é  a ultima  parte da  entrevista na  Band.
Espero que tenham  aproveitado.
Abraços.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Entrevista na Band /1ªParte

Ola.....
Em outubro passado tive o privilégio e a oportunidade de falar publicamente sobre um tema que vem sendo o motivo de horas dedicadas ao  estudo, pesquisa  e trabalho: A Terapia de Vida Passada.
Deixo à  apreciaçao de voces a 1ª parte da entrevista realizada pela TV Band Vale, no programa "Sem Limite"  ancorado pela jornalista  Solange Moares.

Abraço a todos.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Reencarnação: Memórias de outras vidas

Ola.....depois de um periodo inativo....alguma reflexão  e  pesquisa.....

O texto que  segue é um  reportagem  sobre Reencarnaçao e Vidas passadas. São daqueles  textos  que nao saem da  atualidade. Sempre instigando a curiosidade, relatando dados significativos que seguem o rigor cientifico e primam pela imparcialidade respeitosa. Nomes como: Ian Stevenson e  do brasileiro Hernani Guimarães,  são referenciados neste artigo e mundialmente. Os atuais estudiosos olham para esses nomes e lamentam o desencarne de ambos  e ainda,  agradecem  o  extenso trabalho que  deixaram  documentado.
Para os leitores simpáticos ao tema, provavelmente a matéria ja é conhecida, para outros alguma novidade. Mas, para  ambos, sempre mais um momento de  reflexao.
A reportagem é da Revista  SUPERINTERESSANTE - nº 213  de  maio de 2005.
Espero que  aproveitem.

Boa leitura e boa semana.

Reencarnação: Memórias de outras vidas

O conceito de reencarnação está impregnado de fé e misticismo. Mas a multiplicação de relatos impressionantes de lembranças e marcas de supostas vidas passadas atrai cada vez mais o interesse da ciência

por Marcos de Moura e Souza

Em uma das mais prestigiosas universidades públicas dos Estados Unidos, a Universidade de Virgínia, pesquisadores da área de saúde mental dedicam-se há décadas a desafiar os céticos. Ali são estudados, entre outros casos que ultrapassam os contornos da ciência convencional, relatos sobre reencarnação, muitos deles submetidos à checagem. Resultados conclusivos não há, mas eles são, no mínimo, intrigantes. À frente da Divisão de Estudos da Personalidade está o mais famoso pesquisador sobre o assunto, o já octogenário Ian Stevenson. Seus livros e textos em publicações científicas descrevem casos de crianças que se recordariam de vidas passadas e de pessoas com marcas de nascença que teriam sido originadas por cicatrizes de existências anteriores.
Stevenson e sua equipe avaliam casos de reencarnação da forma que consideram a mais acurada possível. Fazem entrevistas, confrontam a versão narrada com documentações, comparam descrições com fatos que só familiares da pessoa morta poderiam saber. Por tudo isso, ele se tornou um dos maiores responsáveis por ajudar a deslocar – ainda que apenas um pouco – o conceito de reencarnação do campo da fé e do misticismo para o campo da ciência.
Mas o que leva esse renomado médico, com mais de 60 anos de carreira, e tantos outros pesquisadores a encararem a reencarnação como uma hipótese válida?
Bem, são histórias como, por exemplo, a de Swarnlata Mishra, uma menina nascida em 1948 de uma rica família da Índia e que se tornou protagonista de um dos casos clássicos – digamos assim – da literatura médica sobre vidas passadas. A história é descrita em um dos livros de Stevenson, Twenty Cases Suggestive of Reincarnation (“Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação”, sem versão brasileira), e se assemelha a outros registrados pelo mundo sobre lembranças reveladoras ocorridas, principalmente, na infância. Mas, ao contrário da maioria, não está relacionado a mortes violentas, confrontos ou traumas.
A história de Swarnlata é simples. Aos 3 anos de idade, viajava com seu pai quando, de repente, apontou uma estrada que levava à cidade de Katni e pediu ao motorista que seguisse por ela até onde estava o que chamou de “minha casa”. Lá, disse, poderiam tomar uma xícara de chá. Katni está localizada a mais de 160 quilômetros da cidade da menina, Pradesh. Logo em seguida, Swarnlata começou a descrever uma série de detalhes sobre sua suposta vida em Katni. Disse que lá seu nome fora Biya Pathak e que tivera dois filhos. Deu detalhes da casa e a localizou no distrito de Zhurkutia. O pai da menina passou a anotar as “memórias” da filha.

Recordações de mãe
Sete anos depois, em 1959, ao ouvir esses relatos, um pesquisador de fenômenos paranormais, o indiano Sri H. N. Banerjee, visitou Katni. Pegou as anotações do pai de Swarnlata e as usou como guia para entrevistar a família Pathak. Tudo o que a menina havia falado sobre Biya (morta em 1939) batia. Até então, nenhuma das duas famílias havia ouvido falar uma da outra.
Naquele mesmo ano, o viúvo de Biya, um de seus filhos e seu irmão mais velho viajaram para a cidade de Chhatarpur, onde Swarnlata morava. Chegaram sem avisar. E, sem revelar suas identidades ou intenções aos moradores da cidade, pediram que nove deles os acompanhassem à casa dos Mishra. Stevenson relata que, imediatamente, a menina reconheceu e pronunciou os nomes dos três visitantes. Ao “irmão”, chamou pelo apelido.
Semanas depois, seu pai a levou para Katni para a casa onde ela dizia ter vivido e morrido. Swarnlata, conta Stevenson, tratou pelo nome cada um dos presentes, parentes e amigos da família. Lembrou-se de episódios domésticos e tratou os filhos de Biya (então na faixa dos 30 anos) com a intimidade de mãe. Swarnlata tinha apenas 11 anos.
As duas famílias se aproximaram e passaram a trocar visitas – aceitando o caso como reencarnação. O próprio Stevenson testemunhou um desses encontros, em 1961. Ao contrário de muitos casos de memórias relatadas como de vidas passadas, as da menina continuaram acompanhando-a na fase adulta – quando Swarnlata já estava casada e formada em Botânica.
Assim como esse, há milhares de outros episódios intrigantes, alguns mais e outros menos verificáveis. Somente na Universidade da Virgínia há registros de mais de 2500 casos desse gênero. Acontece que, para a ciência, a ocorrência de casos isolados, ainda que numerosos, não prova nada. Os céticos atribuem essas histórias a fraudes, coincidências ou auto-induções às vezes bem intencionadas.
Mas, embora a ciência duvide da reencarnação, a humanidade convive com a crença nela faz tempo. De acordo com algumas versões, o conceito de reencarnação chegou ao Ocidente pelas mãos do matemático grego Pitágoras. Durante uma viagem que fizera ao Egito, ele teria ouvido diversas histórias e assistido a cerimônias em que espíritos afirmavam que vinham mais de uma vez à Terra, em corpos humanos ou de animais. O mesmo conceito – com variações aqui e ali – marcou religiões orientais, como o bramanismo e o hinduísmo (e, mais tarde, o budismo), e também religiões africanas e de povos indígenas, segundo Fernando Altmeier, professor de Teologia da PUC de São Paulo. Na verdade, “a reencarnação nasce quase ao mesmo tempo que a idéia religiosa tanto no Ocidente quanto no Oriente, com os egípcios, os gregos, os africanos e os indígenas”, diz Altmeier. A idéia, porém, não deixou traços – pelo menos não com a mesma força – nas três religiões surgidas de Abraão: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.
No século 19, o francês Hippolyte Leon Denizard Rivail – ou Allan Kardec – e outros estudiosos dedicaram-se a um tema então em voga na Europa: os fenômenos das mesas giratórias, em que os sensitivos alegavam que espíritos se manifestavam com o mundo dos vivos. Kardec escreveu uma série de livros sobre as experiências mediúnicas que observou e, tendo como base a idéia da reencarnação, fundou a doutrina espírita. Para os espíritas, reencarnação é um ponto pacífico. Mas muitos deles preferem dar crédito a relatos embasados no cientificismo. “Dirijo a área de assistência espiritual na Federação Espírita do Estado de São Paulo, por onde passam 200 mil pessoas por mês, mas, no que diz respeito à fenomenologia, sou mais pé no chão, sou muito rigoroso”, afirma o advogado Wlademir Lisso, de 58 anos.

Terapias e evidências
Nas aulas que dá na federação sobre espiritismo e ciência, Lisso – que é autor de três livros – se baseia, sobretudo, nas pesquisas feitas por universidades estrangeiras, que considera mais confiáveis. Lisso diz que já perdeu as contas das vezes que ouviu pessoas lhe dizendo que tinham lembranças de outras vidas, algumas, talvez, por meio das chamadas terapias de vidas passadas. “Terapias, por si só, não provam nada”, diz Lisso, referindo-se a uma prática que supostamente leva a pessoa a escarafunchar memórias tão remotas quanto as de duas, três encarnações anteriores. Os espíritas não recomendam a experiência. “Até os anos 50, flashes ou outras manifestações eram considerados distúrbios mentais”, diz Lisso. Com o tempo, ganhou eco a explicação de que muitos desses sintomas poderiam ser evidências de existências passadas.
No Brasil, um dos poucos que seguiram a linha da investigação mais científica foi Hernani Guimarães Andrade, que morreu há quase dois anos. Autor de diversos livros, entre eles Reencarnações no Brasil (O Clarim, sem data), Andrade conta o caso de uma menina paulistana, identificada apenas como Simone. Nos anos 60, quando tinha então pouco mais de 1 ano, ela começou a pronunciar palavras em italiano, sem que ninguém a tivesse ensinado. Passou também a relatar lembranças que remontavam à Segunda Guerra Mundial. Seu relato era tão vívido que familiares se renderam à idéia de que fragmentos de uma encarnação passada ainda pairavam em sua mente. A avó da menina registrou, em um diário, mais de 30 palavras em italiano pronunciadas pela neta e histórias de explosões, médicos, ferimentos e morte. As recordações pararam de jorrar quando a menina tinha por volta de 3 anos.
Mas as supostas memórias de crianças como Simone e Swarnlata não são os únicos sinais que chamam a atenção dos estudiosos. Em várias universidades ao redor do mundo, os pesquisadores passaram a examinar também marcas de nascença – associadas a lembranças – como possíveis evidências de reencarnação. O mesmo Stevenson reuniu um punhado desses casos num estudo divulgado em 1992. Segundo o levantamento feito com 210 crianças que alegavam ter lembranças de outras vidas, cerca de 35% apresentavam marcas de nascimento na pele. Em 49 casos, foi possível obter um documento médico, geralmente um laudo de necropsia, das pessoas que as crianças haviam supostamente sido em outra encarnação. A correspondência entre o ferimento que causara a morte e a marca de nascença foi considerada, no mínimo, satisfatória em 43 casos (88%), segundo Stevenson.
Um exemplo citado por ele é o de uma criança da antiga Birmânia que dizia se lembrar da vida de uma tia que morrera durante uma cirurgia para corrigir um problema cardíaco congênito. Essa menina tinha uma longa linha vertical hipopigmentada no alto do abdome. A marca correspondia à incisão cirúrgica da tia. Stevenson recorre a uma frase do escritor francês Stendhal para se referir a casos de memórias e de marcas que, às vezes, podem passar despercebidos: “Originalidade e verdade são encontradas somente nos detalhes”.

Tinta fresca

Para pesquisador, há fortes indícios de que muitas crianças conseguem se lembrar de suas vidas anteriores
O professor Jim B. Tucker, da Divisão de Estudos da Personalidade do Departamento de Psiquiatria da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, estuda e atende casos de depressão e outros distúrbios em crianças e adolescentes. Tem especial interesse por casos de crianças que alegam ter lembranças de vidas passadas. Nesta entrevista, concedida por e-mail à SUPER, Tucker fala das características mais freqüentes desses relatos e de fatos que mais o impressionaram.

Quantos casos de crianças que alegam lembrar de vidas passadas o senhor já observou?
Temos mais de 2 500 casos registrados em nossos arquivos. Eu, pessoalmente, vi vários.

Quais são as principais características desses casos?
Os casos geralmente envolvem crianças pequenas que dizem se lembrar de uma vida passada. Elas podem descrever a vida de um membro falecido da família ou um amigo da família ou podem descrever a vida de um estranho num outro local. Outros fatos incluem marcas de nascença que combinam com os ferimentos no corpo da pessoa falecida e comportamentos que parecem ligados à vida anterior.

Há uma explicação para o fato de as lembranças ocorrerem principalmente durante a infância?
As crianças começam a fazer seus relatos numa idade precoce, logo que começam a falar. Isso faz sentido, porque parecem ser memórias que elas carregam consigo desde a vida anterior.

Quais tipos de evidências mais impressionaram o senhor?
Ainda acho que a mais forte evidência envolve declarações documentadas que alguma criança tenha feito e que se provaram verdadeiras em relação a uma pessoa que viveu a uma distância significativa. O dr. Jünger Keil (pesquisador da Universidade de Tasmânia, na Austrália) investigou um caso na Turquia no qual um garoto deu muitos detalhes sobre um homem que tinha vivido a 850 quilômetros e morrido 50 anos antes de o menino ter nascido.

Como médico, o senhor considera possível explicar esses relatos de uma perspectiva científica?
Nenhum desses casos é “prova” da reencarnação, e um cético pode sempre encontrar um ponto fraco em um caso ou, como objetivo de desacreditá-lo, em qualquer estudo médico. Entretanto, como um todo, os casos mais significativos constituem um forte argumento de que algumas crianças parecem, sim, possuir memórias de vidas anteriores.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Boas Festas

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.” Fernando Pessoa

Um Novo  Ano  lindo a  todos!